O estado de São Paulo já bateu o recorde histórico de focos de incêndio, e a América do Sul enfrenta o pior índice em 26 anos. A temporada de fogo no Brasil iniciou mais cedo em 2024, com grandes incêndios atingindo Roraima e o Pantanal já em fevereiro e março, respectivamente.
Essa situação preocupante pode ser atribuída, em grande parte, à seca histórica que o país enfrenta, intensificada pelo El Niño e as mudanças climáticas. A escassez de chuvas e a falta de umidade no solo e no ar criam condições ideais para a propagação dos incêndios. Além disso, a maioria das queimadas têm origem humana, devido à ação criminosa em pastos, plantações e regiões recém-desmatadas.
Até agosto, a área queimada no Brasil ultrapassava 56 mil km², maior do que a de cinco estados brasileiros. A situação se agrava em setembro, com cerca de 73 mil focos registrados, superando os números de agosto. A coordenadora do MapBiomas Fogo, Ane Alencar, ressalta a importância da chegada das chuvas em outubro para amenizar a situação, mas destaca que o fenômeno La Niña pode atrasar esse alívio.
Diante desse cenário crítico, é fundamental que medidas urgentes sejam tomadas para conter os incêndios florestais e preservar o meio ambiente. A conscientização e ações efetivas de combate à degradação ambiental são essenciais para reverter esse quadro preocupante e garantir a sustentabilidade das nossas florestas.