Bombardeio israelense faz famílias do sul do Líbano fugirem em massa, causando congestionamento nas rodovias em direção a Beirute

Nesta segunda-feira, as famílias do sul do Líbano foram obrigadas a fugir em meio a um bombardeio israelense em expansão. As rodovias ao norte ficaram congestionadas com carros, vans e caminhonetes carregados de pertences e pessoas, algumas transportando várias gerações em um veículo. Crianças eram vistas amontoadas nos colos dos pais, malas amarradas ao teto dos carros, e a fumaça escura se erguia no horizonte, dando o tom de medo e incerteza que pairava sobre aqueles que fugiam.

Os relatos dos moradores eram de terror e desespero. Abed Afou, cujo vilarejo de Yater foi fortemente atingido, descreveu a situação como aterrorizante. Ele decidiu deixar sua casa após os ataques pela manhã, quando as bombas começaram a atingir casas residenciais no distrito. O caos se instalou na região conforme o bombardeio se intensificava e se espalhava por mais áreas do Líbano.

Israel e o grupo Hezbollah, do Líbano, têm travado confrontos na fronteira desde o início da guerra em Gaza no ano passado. No entanto, a escalada dos ataques por parte de Israel nas últimas semanas tem elevado a tensão e o medo entre os moradores da região. A população tem recebido ligações telefônicas pré-gravadas das Forças Armadas de Israel, instruindo-as a deixar suas casas em busca de segurança.

O Ministério da Saúde do Líbano divulgou que mais de 270 pessoas foram mortas nos bombardeios, tornando este o dia mais letal no país desde o fim da guerra civil em 1990. Enquanto isso, as autoridades israelenses afirmam ter atingido cerca de 800 alvos relacionados ao Hezbollah, alegando que os edifícios atacados continham armas do grupo.

A incerteza e o medo dominam a vida dos moradores do sul do Líbano, que buscam apenas um local seguro para abrigar suas famílias. Mesmo em Beirute, a tensão era palpável, com pais correndo para retirar seus filhos das escolas em meio aos alertas de possíveis novos ataques israelenses. A situação na região é delicada e a preocupação com a segurança das pessoas permanece em primeiro plano.

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