No dia anterior, o rio já havia igualado o recorde anterior ao atingir a cota de 1,25 metros. Esse antigo recorde datava de quase dois anos atrás, em outubro de 2022. A situação é alarmante e demonstra uma grave crise hídrica que assola não apenas Rio Branco, mas todo o estado do Acre.
A escassez de chuvas e o prolongamento do período seco têm contribuído para agravar a situação. Há cerca de 90 dias, o manancial na capital do estado está com menos de 2 metros, atingindo marcas preocupantes. Anteriormente, em setembro de 2016, o rio já havia registrado um nível extremamente baixo de 1,3 metros.
As consequências da seca extrema são sentidas em toda a região, com comunidades sofrendo com a falta de acesso à água potável e alimentos. A seca afeta não só o rio Acre, mas também as bacias do Purus e do Juruá, com grandes bancos de areia substituindo a água onde antes fluía.
De acordo com a Comissão Pastoral da Terra, mais de 387 mil pessoas, entre áreas urbanas e rurais, estão sendo afetadas pela estiagem na capital. Todos os 22 municípios do estado estão em estado de emergência devido à seca, mostrando a gravidade da situação.
O Acre tem enfrentado extremos climáticos este ano, com inundações históricas afetando 19 das 22 cidades no início do ano. Esse contraste entre excesso de água e escassez extrema demonstra a vulnerabilidade da região diante das mudanças climáticas. A preocupação com o futuro da região e de seus habitantes é real e urgente.