O abandono de carros nas vias públicas gera uma série de inconvenientes, como sujeira, abrigo para moradores de rua e usuários de drogas, bem como a propagação de pragas urbanas. Além disso, a preocupação ambiental também é levantada, uma vez que esses veículos abandonados contêm materiais potencialmente poluentes, como plásticos, borrachas, óleo e combustível.
No ano passado, as prefeituras retiraram das ruas cerca de 435 carros abandonados em cinco das sete cidades da região. Apenas em 2023, São Bernardo recolheu 219 veículos, Santo André 162 e São Caetano notificou proprietários de 455 carros considerados abandonados.
De acordo com levantamento realizado, em média, um carro abandonado por dia é removido das ruas do ABC. Ribeirão Pires, São Caetano, Rio Grande da Serra, São Bernardo e Santo André realizaram notificações e apreensões, totalizando 36 carros por mês no ano passado e 23 carros por mês neste ano.
As prefeituras estabelecem prazos para que os proprietários removam os veículos, variando de cinco a 15 dias. Caso o prazo não seja respeitado, o carro é passível de remoção para o pátio da prefeitura. Dentre os critérios observados para considerar um carro abandonado estão: sujeira excessiva, falta de peças, presença de pneus murchos e indícios de uso como moradia.
Caso o proprietário não resgate o veículo do pátio dentro de 60 dias, a prefeitura tem autorização para leiloá-lo. Esse processo inclui o pagamento de multas, diárias de pátio e despesas administrativas. O leilão pode envolver lotes com veículos em condições de rodar ou como sucata para reciclagem.
Em resumo, o abandono de carros nas ruas do ABC paulista tem gerado preocupações ambientais, de segurança e de saúde pública, levando as prefeituras a intensificarem ações de fiscalização e remoção desses veículos.