Segundo a OMS, os governos e as comunidades desempenham papéis fundamentais na prevenção deste problema de saúde pública, destacando a implementação de políticas de saúde mental e de redução do uso de álcool como medidas essenciais.
A versão em português é uma tradução do manual original em inglês “Live life”, lançado em 2021, e também está disponível em chinês, espanhol e coreano. O guia apresenta iniciativas bem-sucedidas de diversos países na redução das taxas de suicídio, visando inspirar a criação de novas políticas públicas e soluções coletivas.
Além disso, o documento descreve quatro intervenções essenciais para prevenir o suicídio, como a restrição do acesso aos meios letais, a interação responsável da mídia, o desenvolvimento de habilidades socioemocionais em adolescentes e a identificação precoce e acompanhamento de indivíduos com comportamentos suicidas.
Dados da OMS indicam que mais de 700 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano em todo o mundo, com 77% dos casos ocorrendo em países de baixa e média renda. No Brasil, em 2022, foram notificados 16.468 óbitos por suicídio, sendo mais comum entre indivíduos do sexo masculino. O país se comprometeu a reduzir a mortalidade prematura por doenças não transmissíveis, como o suicídio, até 2030.
Para auxiliar no combate a esse problema, o Ministério da Saúde planeja construir 150 novos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) até 2026, a fim de ampliar a Rede de Saúde Mental do Sistema Único de Saúde, visando incluir 13,4 milhões de pessoas. A prevenção ao suicídio é uma prioridade para o governo brasileiro, que promove a saúde mental e ações de apoio psicossocial.
O lançamento do guia coincidiu com o Setembro Amarelo, mês dedicado à prevenção do suicídio, trazendo ainda mais relevância para a conscientização e combate a este grave problema de saúde pública. A importância da busca por ajuda e a valorização da vida são essenciais para as ações de prevenção e tratamento do suicídio.