O estudo evidencia que a presença dos celulares em sala de aula acarreta em distração nos estudantes, prejudicando a aprendizagem e interferindo na gestão dos professores com as turmas. O uso excessivo de tecnologia também está associado a um desempenho acadêmico menos satisfatório, conforme indicam dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa).
Diversos países, como Espanha, Grécia, Finlândia, Holanda, Suíça, México e França, já adotaram medidas para restringir o uso de celulares nas escolas. Na França, por exemplo, a proibição é rígida, não permitindo o uso dos aparelhos nem mesmo durante os recreios. No Brasil, o governo Lula planeja implementar medidas semelhantes, visando conter os prejuízos do excesso de telas na infância e adolescência.
Alguns estados brasileiros, como Rio de Janeiro, Roraima, Distrito Federal, Maranhão, Tocantins, Paraná e São Paulo, já adotaram normas para restringir o uso de celulares nas escolas. No entanto, a fiscalização da aplicação dessas medidas torna-se um desafio para os educadores. Enquanto alguns estados limitam o uso do celular para atividades pedagógicas, outros, como São Paulo e Paraná, incentivam o uso de tecnologias digitais nas escolas.
A Unesco alerta que os investimentos em tecnologia digital na educação podem desviar recursos de ações mais efetivas para a melhoria do ensino. A atenção excessiva à tecnologia, de acordo com o relatório, pode ter um alto custo, especialmente em países de baixa renda, onde a falta de acesso a recursos educacionais básicos ainda é uma realidade.
Portanto, a discussão sobre o uso de celulares e tecnologias digitais nas escolas se torna cada vez mais relevante, levantando questionamentos sobre como equilibrar o uso desses dispositivos com as práticas pedagógicas eficazes e o desenvolvimento educacional dos alunos.