Com todas as bacias em alerta máximo para seca e os 22 municípios do estado ainda em estado de emergência, a situação se agrava a cada dia. Anteriormente, o menor nível do rio havia sido registrado em 2016, com 1,30 metro, mas a prolongada estiagem agora coloca a preocupação em um novo patamar.
O coordenador da Defesa Civil, coronel Carlos Batista, alertou que as cotas mínimas de alguns rios foram atingidas nos últimos dias, após inundações históricas no início do ano. Para evitar uma crise no abastecimento de água na capital, o Saerb construiu uma barragem próxima à captação das bombas de água, garantindo que, por enquanto, não há risco de racionamento.
Além da crise hídrica, Rio Branco também enfrenta problemas decorrentes das queimadas na região. O governo decretou situação de emergência em saúde pública devido ao aumento dos focos de incêndio, da seca dos rios e da qualidade do ar prejudicada pela fumaça.
Neste cenário de crise, as aulas na rede pública estadual foram suspensas novamente, devido à concentração de partículas no ar, que ultrapassa em muito os limites recomendados pela OMS. A qualidade do ar considerada péssima na cidade reflete os impactos das altas temperaturas e da falta de chuvas na região.
Com um grande número de queimadas detectadas pelo Inpe, o estado lançou a Operação Sine Ignis para tentar conter os incêndios. A população acreana enfrenta desafios múltiplos, com a expectativa de uma situação ainda mais crítica nos próximos dias.