A professora Tássia Cruz, da FGV e especialista no tema, enxerga de forma positiva a possibilidade de proibição do uso de celulares em sala de aula. Ela destaca a experiência internacional de países como Japão e Coreia do Sul, onde a tecnologia está presente, mas de forma controlada e específica para fins educacionais.
Apesar de reconhecer que os celulares podem ser utilizados pedagogicamente, Cruz ressalta que, na prática, o uso mais comum dos estudantes é voltado para redes sociais, prejudicando sua concentração. Além disso, a influência dos aparelhos na interação entre os alunos também é destacada pela professora, que acredita que proibir o uso dos celulares durante o recreio pode fortalecer laços de amizade.
Em entrevista à imprensa, o ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que o banimento dos celulares nas escolas é respaldado por estudos que comprovam seus impactos positivos na atenção dos alunos, no desempenho escolar e na saúde mental dos professores. No entanto, a professora Catarina de Almeida Santos, da UnB, sugere que a proibição dos celulares deveria ser implementada de forma escalonada, considerando testes e avaliações de suas consequências.
Para Santos, é importante amadurecer o conceito do uso de celulares em sala de aula antes de implementar o banimento, levando em consideração a visão integral do problema. Com isso, a discussão em torno dessa medida deve considerar os diferentes impactos que o uso dos aparelhos pode ter não apenas no ambiente escolar, mas também na sociedade como um todo.