Durante a ação, policiais utilizaram bombas de efeito moral e os estudantes revidaram com pedras, levando a detenções, inclusive do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ), que estava no local para apoiar os estudantes. A reitoria da Uerj lamentou a intransigência dos grupos extremistas da ocupação, ressaltando os esforços de negociação que não foram suficientes para evitar a situação.
As reivindicações dos estudantes envolvem protestos contra mudanças nas regras de concessão de bolsas e auxílios de assistência estudantil, especialmente em relação ao Ato Executivo de Decisão Administrativa 038/2024. As novas normas estabelecem critérios mais rígidos e excluem mais de mil estudantes que deixam de se enquadrar nos requisitos para recebimento de benefícios.
Diante do impasse, a Uerj estabeleceu regras de transição, incluindo auxílio financeiro temporário para os estudantes afetados e medidas de suporte até dezembro. No entanto, a falta de consenso levou o caso a ser judicializado, com uma audiência de conciliação realizada no último dia 17 sem acordo. Uma nova audiência está agendada para o dia 2 de outubro, visando buscar uma solução para as reivindicações dos estudantes.
O conflito entre estudantes e universidade evidencia a complexidade das questões envolvidas, trazendo à tona debates sobre direitos estudantis, assistência social e diálogo institucional. A ação da polícia e a repressão aos manifestantes geraram críticas e indignação por parte dos estudantes e apoiadores, indicando a necessidade de um diálogo mais efetivo e inclusivo para a resolução dos conflitos.