A ordem judicial foi expedida pela 2ª Vara Federal de Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro. Durante a operação, foram apreendidas armadilhas de caça de micos, evidenciando a gravidade da situação. Essa ação ocorre cerca de seis meses após a Operação Akpé, em que a PF repatriou 17 micos-leões-dourados e 12 araras-azuis-de-lear, que haviam sido vítimas de tráfico internacional e estavam no Togo, país situado na África Ocidental.
As investigações apontam que os animais resgatados são endêmicos de áreas específicas do território brasileiro e estão em risco iminente de extinção. Em outra ação realizada em agosto deste ano, em Porto Velho, 11 animais silvestres foram apreendidos, incluindo oito micos-leões-dourados, demonstrando a recorrência desse tipo de crime.
A Polícia Federal atuou em conjunto com o Centro de Primatologia do Rio de Janeiro, o ICMBio, o Ibama e a Associação Mico Leão Dourado para rastrear a origem geográfica dos animais apreendidos. Constatou-se que sete dos animais tinham origem no Parque Natural Municipal do Mico-Leão Dourado, em Cabo Frio.
Além das apreensões, a PF realizará uma perícia criminal federal para determinar o tempo exato em que os animais estiveram em cativeiro e a condição em que se encontravam. O investigado foi preso em flagrante e responderá por diversos crimes, incluindo caça profissional, maus-tratos e receptação qualificada.
O suspeito foi encaminhado à Delegacia de Meio Ambiente, na Superintendência da PF no Rio de Janeiro, onde aguardará as próximas etapas do processo judicial. A ação reforça o compromisso das autoridades em combater o tráfico ilegal de animais silvestres e proteger a fauna brasileira ameaçada de extinção.