Diferentes grupos sociais mantêm viva a tradição de usar chapéus como parte de sua indumentária. Os sertanejos, por exemplo, não abrem mão de seus modelos de cowboy, especialmente durante a temporada de rodeios. Os góticos garantem a sobrevivência de modelos antigos, como as cartolas. Judeus ortodoxos mantêm a tradição dos chapéus pretos em suas cerimônias religiosas. Jovens e mais velhos têm preferências distintas em relação ao tamanho e estilo das abas dos chapéus.
Além disso, os chapéus ainda são muito presentes em festas, terreiros de umbanda, maçonaria, entre outros ambientes. Em terreiros de umbanda, por exemplo, os chapéus são utilizados como forma de conexão com entidades espirituais, como Zé Pelintra. Já na maçonaria, o chapéu é um símbolo de proteção e respeito, sendo utilizado durante as reuniões do grupo.
Em São Paulo, a loja A Esquina Chapelaria se destaca por sua longevidade, completando quase um século de existência no mesmo endereço. Seu proprietário, Luciano Kirszenworcel, destaca a fidelidade de seu público e a variedade de modelos disponíveis. A variedade de preços varia de R$150,00 a R$1.900,00, atendendo aos mais diversos gostos e bolsos.
Além disso, existem quatro fabricantes de chapéus no Brasil, garantindo a produção e comercialização de modelos variados. Desde o clássico Panamá, feito à mão no Equador com palha toquilla, até os chapéus fornecidos para o personagem Indiana Jones, a indústria de chapéus segue firme no país.
Seja por tradição, identidade social, estilo pessoal ou necessidade, os chapéus continuam exercendo seu charme e elegância em diferentes contextos. Mesmo não sendo mais um item obrigatório no vestuário, eles se destacam como peças versáteis e cheias de significado em nossa sociedade contemporânea.