Influenciadores digitais e jogos de apostas: a relação perigosa que seduz milhões de seguidores online.

Recentemente, a prisão da influenciadora digital Deolane Bezerra trouxe à tona a discussão sobre a relação entre personalidades das mídias sociais e o mundo das apostas online. Com quase 22 milhões de seguidores apenas no Instagram, Deolane é uma das investigadas na Operação Integration da Polícia Civil de Pernambuco, que combate jogos ilegais e lavagem de dinheiro. Apesar disso, a influenciadora alega inocência.

O Brasil está vivenciando um crescimento preocupante de plataformas de apostas esportivas e cassinos online, promovidos diariamente por influencers, como o famoso Jogo do Tigrinho. Relatos de endividamentos, problemas de saúde mental, envolvimento de menores e até casos de suicídio têm se tornado mais frequentes nas redes sociais e nas reportagens, evidenciando a gravidade desse problema que o governo federal já classificou como uma “pandemia”.

Esta semana, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou a importância da regulamentação do setor diante da dependência psicológica causada por esses jogos. Empresas sem autorização para operar serão suspensas a partir de outubro, em uma tentativa de lidar com a situação.

Uma das características atrativas dessas plataformas é a acessibilidade, bastando apenas alguns cliques no celular para começar a apostar. Porém, as falsas ideias de entretenimento e investimento fácil têm atraído muitas pessoas, incentivadas pelos influencers que mostram uma vida de luxo após seus supostos ganhos.

É fundamental criar projetos de conscientização sobre os riscos das apostas, sobretudo para os jovens, que são mais vulneráveis a esse tipo de influência. A falta de consciência sobre os impactos negativos das apostas na saúde mental e financeira ressalta a necessidade de medidas regulatórias e de responsabilização dos influenciadores que promovem esses jogos.

Portanto, é essencial que sejam tomadas ações para combater essa “pandemia” de apostas eletrônicas e garantir a proteção dos indivíduos contra os danos causados por essa prática. A conscientização e a regulamentação são passos importantes para lidar com esse problema em expansão.

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