O setor do comércio está ansioso pelo retorno da medida, alegando que o adiantamento dos relógios impulsionaria bares e restaurantes. Segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), a retomada do horário de verão poderia aumentar o faturamento nesses estabelecimentos em até 15%, proporcionando mais horas de luz natural para que as pessoas saiam de casa e participem de atividades de lazer e consumo.
Associados de lojistas no Rio de Janeiro e no Espírito Santo também estimam um aumento de cerca de 4% no faturamento durante os dias de horário de verão. O presidente da Orla Rio, representante de trailers e carrocinhas das praias cariocas, destaca os benefícios da medida para os empreendedores e para a cidade do Rio de Janeiro.
Por outro lado, especialistas fazem ressalvas em relação ao retorno do horário de verão. Além de não gerar economia de energia como no passado, a mudança de horário pode causar problemas de saúde, como sonolência durante o dia, cansaço e prejuízo no desempenho cognitivo. A neurologista Marcia Assis alerta que pessoas com problemas de sono, como insônia, e idosos podem ter dificuldades de adaptação ao novo horário.
Comerciantes do estado do Acre manifestaram preocupação com a possível adoção do horário de verão apenas em parte do país. Eles argumentam que a diferença de fuso horário traria prejuízos nos contatos com fornecedores de outros estados e defendem que, caso o horário de verão retorne, seja adotado em todo o território nacional para evitar desequilíbrios regionais.
Em resumo, a possível volta do horário de verão no Brasil divide opiniões entre diferentes setores da sociedade, destacando a importância de avaliar não apenas os benefícios econômicos, mas também os possíveis impactos na saúde e na segurança dos cidadãos.