Armas de plástico que disparam munições de gel se tornam febre na periferia de São Paulo, colocando a PM em alerta

As armas de plástico que disparam munições de gel se tornaram uma nova mania na periferia de São Paulo. Vendidas aos montes no comércio popular de rua e em lojas virtuais, essas réplicas coloridas ou camufladas de fuzil têm chamado a atenção de moradores de diversos bairros.

A rua 25 de Março, no centro de São Paulo, se tornou um ponto de venda dessas armas de brinquedo, que competem com outras bugigangas e artigos falsificados. Policiais militares da Operação Delegada monitoram a área para tentar conter o comércio irregular.

A procura pelas armas de gel tem resultado em inflação nos preços. O valor de venda desses simulacros aumentou significativamente nos últimos meses, com vendedores ambulantes cobrando até R$ 300 por uma peça maior. A alta demanda não se restringe apenas às ruas, o comércio online também tem apresentado valores mais altos para esses equipamentos.

Grupos formados por adultos e crianças têm se organizado para brincar de forma semelhante ao paintball de rua, utilizando as armas de gel. No entanto, o uso desses simulacros tem gerado preocupação por parte das autoridades de segurança, que alertam para o risco de ferimentos graves, especialmente nos olhos.

A popularização dessas armas de gel levantou debates sobre a legislação vigente. O consultor sênior do Instituto Sou da Paz, Bruno Langeani, esclareceu que as armas de gel se enquadram como armas de pressão e que o Estatuto da Criança e do Adolescente proíbe o acesso de menores de 18 anos a esses equipamentos.

Além disso, os episódios de violência envolvendo as armas de gel têm levado à intervenção policial, com a apreensão de diversas unidades em operações recentes. Autoridades alertam para os riscos envolvidos nesse tipo de brincadeira e buscam conscientizar a população sobre os perigos que as armas de gel representam, especialmente quando utilizadas de forma imprudente.

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