Aquino ressalta que momentos de violência política e eleitoral já ocorreram no passado do Brasil, como nas disputas presidenciais de 1989, após o fim da ditadura, e nas brigas políticas da década de 1950, envolvendo figuras como Carlos Lacerda e Getulio Vargas. Ela destaca que a violência sempre esteve presente nesses contextos, porém o que difere atualmente é a facilidade de disseminação desses atos pelas novas tecnologias.
A professora aponta que a transmissão direta pela TV e o uso das redes sociais amplificam a exposição dessas ações violentas, tornando-as mais evidentes para a sociedade. Ela destaca que o ineditismo está, principalmente, na forma como essa violência política é divulgada e propagada, sendo algo que não era visto de maneira tão intensa em décadas passadas.
Recentemente, durante um debate eleitoral em São Paulo, os ânimos exaltados culminaram em agressão física entre dois candidatos, José Luiz Datena (PSDB) e Pablo Marçal (PRTB). Aquino destaca que, apesar de ferramentas de combate à agressividade estarem disponíveis, como cortar a palavra de candidatos que ofendam seus oponentes, tais recursos não estão sendo efetivamente utilizados.
Assim, a análise da professora Maria de Aparecida Aquino aponta para a necessidade de se repensar a forma como a violência política e eleitoral é tratada e combatida no cenário atual, ressaltando a importância de se adotar medidas mais enérgicas para frear esse tipo de comportamento agressivo e prejudicial ao ambiente democrático.