A Comissão de Educação (CE) já havia dado parecer favorável ao projeto, com destaque para o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) que defendeu a aprovação do rodeio como parte integrante da cultura popular. Mourão ressaltou a importância de garantias técnicas e procedimentais para assegurar a segurança e o respeito aos animais durante as atividades de rodeio em todo o território nacional.
Além disso, o texto aprovado também aborda questões relacionadas à infraestrutura do rodeio, às peças utilizadas nas montarias e prevê um seguro de vida e invalidez para os vaqueiros. O senador gaúcho destacou que os rodeios são palcos de diversas manifestações culturais, como dança, chula, declamação, trova, vestimentas típicas, e a exposição de animais como gado campeiro e cavalos crioulos.
A prática do rodeio tem suas origens na segunda metade do século 19, com concursos e exibições de habilidades dos vaqueiros mexicanos e norte-americanos. No Brasil, a modalidade “rodeio country” se desenvolveu a partir da realização da primeira Festa do Peão de Boiadeiro em Barretos, São Paulo, em 1956. Já no Rio Grande do Sul, foi criado o Rodeio Crioulo na mesma década, valorizando as tradições do campo.
Os animais são peças-chave nas atividades do rodeio, participando de provas de montaria, laço, gineteadas, pealo, chasque, cura de terneiro, provas de rédeas, entre outras práticas típicas da tradição gaúcha. Os Centros de Tradições Gaúchas (CTGs), presentes em todo o Brasil, desempenham um papel fundamental na preservação dessas tradições.
Com a aprovação da regulamentação do Rodeio Crioulo, o Senado Federal reforça o reconhecimento e a valorização dessa prática cultural, buscando conciliar as tradições do campo com a proteção e bem-estar dos animais envolvidos. A sanção presidencial é aguardada para que a legislação entre em vigor e traga mais segurança e respaldo legal para as atividades dos rodeios no Brasil.