A operação de resgate foi realizada em conjunto pelo Gretap (Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal) e pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). A equipe de resgate estava monitorando a área quando avistou o pequeno macaco, ainda com o cordão umbilical, sozinho e perdido da mãe.
O filhote foi batizado de Fênix, em referência à ave da mitologia grega que renasce das cinzas, e imediatamente levado para o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul). Posteriormente, foi encaminhado para o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres, no Hospital Ayty, em Campo Grande, onde está recebendo cuidados especiais.
O tratamento dispensado ao macaco-prego é semelhante ao de um bebê humano. Ele recebe alimentação por mamadeira a cada duas horas, é mantido em um ambiente com temperatura controlada e recebe estímulos para realizar suas necessidades fisiológicas.
A gestora do hospital veterinário, Aline Duarte, ressaltou a sensibilidade e a dedicação necessárias para cuidar de animais silvestres, especialmente filhotes tão frágeis. Até o momento, não há previsão para a alta do macaco-prego.
Enquanto isso, equipes do Imasul continuam monitorando as áreas afetadas pelos incêndios no Pantanal, em busca de outros animais que possam precisar de resgate. A preocupação com a preservação da fauna e flora da região é evidente, principalmente neste período crítico de incêndios florestais devido à seca e ao calor intenso.
Desde maio, o Governo de Mato Grosso do Sul decretou a proibição total de queimadas, visando preservar o meio ambiente e evitar mais tragédias como a que afeta o Pantanal. Todas as autorizações foram suspensas e a população está proibida de realizar qualquer tipo de queimada, seja em áreas rurais, urbanas ou industriais.