No século 19, o termo passou a ser utilizado para nomear o professor que auxiliava os alunos da Universidade de Oxford a se prepararem para as provas, proporcionando-lhes conforto e condução rumo ao sucesso acadêmico. Essa ideia de orientação e mentoria foi incorporada ao vocabulário esportivo, dando origem ao sentido de coach como treinador de atletas.
Com o passar dos anos, o conceito de coaching se expandiu para outras áreas além do esporte, abrangendo também as artes e até mesmo a vida pessoal. No entanto, nos tempos atuais, observamos uma deturpação desse conceito, com a proliferação de charlatões que prometem ensinar o caminho para o sucesso material e a “felicidade” de forma agressiva e duvidosa.
Essa tendência reflete a conjunção de duas curvas sociais antagônicas: a falta de oportunidades de emprego para as novas gerações, em meio a uma economia global estagnada, e o crescimento do individualismo e do consumismo desenfreado como medidas de valor humano. Nesse contexto, surgem os “pastores seculares” que exploram a vulnerabilidade das pessoas em busca de realização pessoal e material.
Assim, o termo “coach” que um dia representou auxílio e orientação, tornou-se símbolo de uma sociedade em crise, onde a busca pela “felicidade” muitas vezes é confundida com a acumulação de bens materiais. Resta-nos refletir sobre o verdadeiro significado do coaching e buscar orientação sólida e ética para alcançar nossos objetivos de forma genuína e satisfatória.