A simulação considerou a topografia e a localização da região, mostrando que a sombra mais intensa ocorreria pela manhã, afetando a iluminação de uma área residencial a oeste da estação. Além disso, parte do bairro Capão Redondo também seria atingido pela penumbra durante parte do ano, devido à altura da edificação proposta.
Embora o candidato à prefeitura, Pablo Marçal, tenha mencionado o bairro como possível local para a construção do prédio, não detalhou sua proposta em resposta à Folha. A ideia de edificar um arranha-céu tão alto levanta questões sobre os impactos urbanos e físicos que poderiam surgir, como a concentração de tráfego, a geração de resíduos e a sobrecarga das redes de infraestrutura.
Por outro lado, Marçal argumenta que a construção desse prédio poderia impulsionar a criação de empregos na periferia e estimular o turismo, citando o exemplo de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, que possui alguns dos maiores edifícios do país. No entanto, as limitações impostas pelo Código de Obras, vinculado ao Plano Diretor e à Lei de Zoneamento, tornam a realização desse projeto extremamente desafiadora.
A legislação atual exige recuos laterais e posteriores cada vez maiores conforme a altura da edificação, impossibilitando a construção de um prédio tão alto dentro dos limites estabelecidos. A escassez de terrenos com as dimensões necessárias e as dificuldades para modificar as leis urbanísticas também representam obstáculos significativos para a concretização desse empreendimento megalomaníaco em São Paulo.
Portanto, apesar das discussões em torno da possibilidade de erguer o maior arranha-céu do mundo na cidade, as barreiras legais e urbanísticas atuais tornam essa proposta uma ideia distante da realidade por enquanto.