Recentemente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou a pavimentação de 20 km da rodovia, com planos de licitar mais 32 km em um trecho que possui licença ambiental desde 2007. O investimento previsto para a obra é de R$ 157,5 milhões, de acordo com informações do governo federal.
No entanto, Marina Silva expressou sua preocupação com a falta de avaliação técnica adequada e alertou que atalhos e decisões apressadas têm pouco resultado. A ministra ressaltou que a obra só deveria avançar após uma avaliação cuidadosa, especialmente considerando a importância da região para o ecossistema amazônico
A licença prévia para a pavimentação do trecho entre os quilômetros 250 e 656 foi revogada por uma decisão liminar da 7ª Vara da Justiça Federal, evidenciando as controvérsias em torno do projeto. Marina Silva também destacou a necessidade de um estudo ambiental estratégico para evitar problemas como a grilagem e o desmatamento na região.
Durante sua participação no programa “Bom Dia, Ministra”, do “Canal Gov”, Marina discutiu as medidas adotadas pelo governo federal para combater os incêndios florestais, ressaltando a importância de políticas mais rigorosas contra o fogo intencional. A ministra alertou que a pavimentação da BR-319 sem um estudo adequado poderia agravar problemas como a seca, estiagem e incêndios na região.
Diante das diversas opiniões e embates sobre o tema, fica clara a necessidade de um debate embasado em informações científicas e uma análise criteriosa dos impactos ambientais antes que a obra prossiga. A questão da pavimentação da BR-319 representa um desafio complexo que requer não apenas investimentos financeiros, mas também uma abordagem sustentável e responsável para preservar a integridade do ecossistema amazônico.