O crime aconteceu quando Maria Adelma seguia para o trabalho e foi abordada na alameda dos Camaiurás, próximo à avenida Rubem Berta. Guardas-civis metropolitanos foram acionados para atender a uma ocorrência de tentativa de roubo, porém, ao chegarem ao local se depararam com a mulher caída e ensanguentada, ao lado de uma faca. Mesmo com o atendimento prestado, a vítima não resistiu aos ferimentos e veio a óbito no hospital.
Testemunhas relataram que viram o agressor fugindo do local, trocando de roupa na avenida Piassanguaba e seguindo a pé. A filha da vítima reconheceu uma mochila deixada no ponto como sendo de seu pai e informou que dentro dela havia uma chave, pertencente à residência dele.
Segundo relatos de uma vendedora próxima a Maria Adelma, a vítima frequentava diariamente um estabelecimento local antes de ir para seu trabalho em uma escola infantil nas proximidades. Ela teria mencionado a presença ameaçadora do ex-marido, descrevendo-o como agressivo e instável.
O relacionamento conturbado entre o casal, que durou 23 anos e resultou em duas filhas, era marcado por agressões físicas e verbais, de acordo com informações da filha da vítima. Maria Adelma havia tomado a decisão de se separar de Fabiano e buscar ajuda na polícia, o que culminou na tragédia do feminicídio.
O caso foi registrado como feminicídio pela 2ª Delegacia da Mulher e o suspeito, Fabiano Antônio da Silva, continua foragido. A comunidade local está consternada com mais um caso de violência doméstica que resultou em uma tragédia sem precedentes. A vítima será sepultada em Diadema, na Grande São Paulo, nesta terça-feira (17), em um momento de luto e dor para todos os familiares e amigos de Maria Adelma dos Santos.
