Aumentar Selic seria medida excessiva para conter inflação e prejudicaria crescimento econômico, alerta CNI

Especialistas em economia alertam para as consequências negativas que um eventual aumento da taxa de juros Selic poderia trazer para o país. De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a medida seria considerada excessiva e prejudicaria o crescimento econômico, além de frustrar a recuperação da indústria de transformação e do investimento.

O Comitê de Política Monetária (Copom) tem uma importante decisão a ser anunciada nesta quarta-feira (18/9) em relação à Selic, que atualmente está em 10,5% ao ano. A maioria pessimista do mercado espera um aumento de 0,25 ponto porcentual na taxa de juros, mas a CNI discorda dessa medida.

Segundo o presidente da CNI, Ricardo Alban, os cenários econômicos atuais e futuros, principalmente em relação à inflação, não justificam um aumento da Selic. Alban defende que a elevação da taxa de juros seria um equívoco e um excesso de conservadorismo por parte da autoridade monetária, tendo consequências negativas e desnecessárias para a atividade econômica.

Além disso, Alban destaca que um aumento na Selic colocaria o Brasil na contramão do que está acontecendo no cenário internacional, onde várias nações estão reduzindo suas taxas de juros. Ele ressalta ainda que a alta da taxa de juros real dificultaria a sustentabilidade das contas públicas, uma vez que cada ponto porcentual a mais na Selic representaria um significativo aumento nas despesas com juros.

Diante desse cenário, a CNI espera que o Copom leve em consideração os argumentos apresentados e tome uma decisão que não prejudique a retomada econômica do país. A expectativa é de que a autoridade monetária tenha sensibilidade para avaliar os riscos envolvidos em um possível aumento da Selic.

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