Febraban pede revisão de aumento de tributos para evitar pressão no custo do crédito e impacto no mercado financeiro.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) fez um apelo ao governo nesta sexta-feira, 13, para rever a proposta de aumento de tributos sobre o lucro de empresas e acionistas. Em uma reunião com o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, na sede da entidade em São Paulo, a Febraban expressou sua preocupação com a possível elevação das alíquotas da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) e dos Juros sobre Capital Próprio (JCP) como forma de zerar o déficit fiscal no próximo ano.

O presidente da Febraban, Isaac Sidney, alertou que, se a proposta for aprovada, o custo do crédito será impactado. Segundo ele, o mercado de crédito está crescendo a uma taxa de 10,5% ao ano, impulsionado pelo aquecimento do mercado de trabalho e por medidas que facilitaram a oferta de financiamentos.

Durante a reunião, Isaac ressaltou a importância do diálogo com o governo e destacou a disposição do governo em discutir alternativas para equilibrar as contas públicas. O ministro Padilha, por sua vez, confirmou a abertura para o diálogo, mas não antecipou se o governo buscará outras medidas para atingir a meta fiscal.

Além disso, Isaac demonstrou confiança no compromisso do governo em cumprir o arcabouço fiscal, o que contribuiria para a convergência da inflação à meta estabelecida pelo Banco Central. Ele também ressaltou que os bancos não desejam lidar com juros altos e que houve uma redução nos spreads, evidenciando uma diminuição na diferença entre as taxas cobradas e as taxas pagas pelas instituições financeiras.

No geral, a Febraban enfatizou a importância de uma revisão na proposta de aumento de tributos para não impactar negativamente o mercado de crédito e a economia como um todo. A entidade segue buscando um diálogo construtivo com o governo para buscar alternativas que possam equilibrar as contas públicas sem prejudicar a recuperação econômica do país.

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