Diretor-geral da FAO pede cooperação dos países do G20 no combate à fome em busca do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 2

O diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Qu Dongyu, fez um apelo aos países do G20 para cooperarem no combate à fome, já que as metas de erradicação ainda estão distantes de serem alcançadas. Durante as reuniões ministeriais do grupo de trabalho de Agricultura do G20 Brasil, Qu Dongyu propôs o lançamento de uma aliança global contra a fome e a pobreza, destacando a necessidade de mais cooperação tanto dentro do G20 quanto fora dele. O diretor-geral da FAO ressaltou que 733 milhões de pessoas no mundo ainda passam fome, o que mostra que o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 2 (Fome Zero) ainda está longe de ser atingido.

Qu Dongyu elogiou o Brasil por colocar a segurança alimentar como tema central da cúpula e solicitou apoio dos demais líderes para inspirarem-se nos esforços do país na redução da fome. O diretor-geral da FAO salientou que a formação de uma aliança global será fundamental para compartilhar conhecimentos, experiências e exemplos bem-sucedidos, principalmente em regiões mais necessitadas. Além disso, ele alertou que as mudanças climáticas estão exacerbando a fome, levando a crises alimentares de grande magnitude.

Em relação aos agricultores familiares, Qu Dongyu enfatizou que eles desempenham um papel essencial na segurança alimentar global, representando a maior parte dos agricultores do mundo e sendo responsáveis pela produção de alimentos em grande escala. Ele também destacou os avanços na América Latina e no Caribe na redução da fome, mas expressou preocupação com o aumento da fome na África e a estabilidade na Ásia. O diretor-geral da FAO ressaltou a importância de intensificar a assistência alimentar, desenvolver estratégias para proteger o meio ambiente e gerar rendas justas para os agricultores.

Em suma, Qu Dongyu defendeu a transformação dos sistemas agroalimentares para torná-los mais eficientes, inclusivos, resilientes e sustentáveis, enfatizando a necessidade de um compromisso político mais forte, uma agenda social e contribuições abrangentes. A construção de parcerias para fortalecer o papel dos agricultores familiares, pequenos produtores, povos indígenas e comunidades tradicionais foi apontada como essencial para combater a fome e alcançar a segurança alimentar global.

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