Em resposta às denúncias e à decisão da vítima de seguir adiante com a acusação de violência, a Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento (Prip) encaminhou a abertura de um processo administrativo disciplinar à Procuradoria Geral da Universidade para investigação e aplicação das medidas necessárias. Além disso, a USP providenciou a saída do estudante acusado da moradia estudantil, visando preservar a segurança da vítima e evitar danos adicionais para ambos os envolvidos.
A jovem Yasmin Mendonça, de 20 anos, registrou um boletim de ocorrência no 93º DP (Jaguaré) e o caso está sendo investigado pela Secretaria da Segurança Pública. Ela relatou à Folha de São Paulo a forma como foi constrangida ao relatar o caso à assistência social da universidade, bem como o medo de frequentar as aulas e a perseguição que vem sofrendo por parte do agressor, que é também um aluno matriculado na FFLCH.
Yasmin descreveu a noite em que foi vítima do ataque, destacando as investidas do suspeito mesmo diante de sua recusa e da violência sofrida. Após relatar o ocorrido à assistência social da USP e se deparar com respostas questionáveis, Yasmin se viu diante de deboches por parte do agressor e decidiu procurar apoio jurídico, de coletivos feministas da universidade e do Ministério Público de São Paulo.
A jovem expressou seu cansaço, exaustão e medo em relação à situação, revelando a necessidade de ter alguém ao seu lado continuamente devido ao trauma vivenciado. Ela enfatizou a mudança em sua rotina e o fato do agressor circular livremente, o que a tem deixado em constante estado de alerta e apreensão.
Diante dessa situação, a USP busca tomar medidas efetivas para garantir a segurança da vítima, a apuração do ocorrido e a responsabilização do agressor, demonstrando um compromisso com a integridade e o bem-estar de seus estudantes.