De acordo com um levantamento do MapBiomas, as queimadas no Brasil consumiram uma área equivalente ao território da Paraíba somente no mês de agosto. O total devastado chegou a 5,65 milhões de hectares, metade do que foi destruído durante todo o ano de 2023. Em comparação com o mesmo período do ano passado, houve um aumento assustador de 149% nas áreas queimadas.
São Paulo foi duramente afetado, com 86% das queimadas concentradas no estado em agosto. As regiões de cultivo de cana-de-açúcar foram particularmente atingidas, o que já está impactando o preço do açúcar nos mercados. Até o momento, 15 pessoas foram presas sob suspeita de provocar incêndios em cidades do interior.
Além disso, biomas importantes como o Cerrado e o Pantanal também estão sofrendo com os incêndios, com a região Centro-Oeste sendo uma das mais afetadas. O governo de Mato Grosso do Sul estima a perda de 2 milhões de hectares, um cenário que se repete na Amazônia, com mais 2 milhões de hectares devastados.
Diante da gravidade da situação, o governo de São Paulo intensificou medidas para garantir o abastecimento de medicamentos e insumos nas unidades de saúde. Recomendações simples, como lavar o nariz e os olhos com soro fisiológico e usar umidificadores em casa, são destacadas como essenciais para proteger a saúde da população.
As autoridades alertam para a continuidade do calor intenso nos próximos dias, com uma possível trégua no domingo devido a chuvas passageiras. O Ministério da Saúde já reportou um aumento nas visitas hospitalares por problemas respiratórios em todo o país, levando o governo federal a intervir para tentar controlar os focos de incêndio e minimizar os impactos na saúde pública.