A produtividade média também teve queda, passando de 4.072 quilos por hectare na safra anterior para 3.739 quilos por hectare em 2023/24. As adversidades climáticas foram apontadas como os principais motivos para essa diminuição na produção. Chuvas irregulares no início da janela de plantio e baixo volume de precipitações durante o ciclo das lavouras afetaram principalmente as regiões do Centro-Oeste, Matopiba, São Paulo e Paraná.
Em relação à soja, a Conab estima uma colheita de 147,38 milhões de toneladas em 2023/24, uma queda de 4,5% em relação à safra anterior. O atraso no início das chuvas e as altas temperaturas impactaram as lavouras em diversas regiões. No caso do milho, a produção total ficou estimada em 115,72 milhões de toneladas, representando uma queda de 12,3%. As condições climáticas adversas também afetaram a produção do algodão, que teve um leve decréscimo na produtividade.
A safra de feijão, por outro lado, teve um aumento de 7% em relação ao período anterior, impulsionada pelo 18,5% de acréscimo na produção da 2ª safra. No geral, as culturas de inverno também sofreram uma redução na área plantada, com destaque para o trigo, que teve uma queda de 11,6%.
Diante desses dados, o Brasil enfrenta desafios na produção de grãos e culturas agrícolas para a safra 2023/24. As condições climáticas continuam sendo um fator determinante para o sucesso da agricultura no país, exigindo dos produtores adaptações e investimentos em tecnologia para garantir o abastecimento do mercado interno e a exportação de produtos agrícolas.