Além disso, a pesquisa apontou que 76% dos pais acreditam que menores de 14 anos não deveriam acessar redes sociais como Instagram, TikTok, Kwai e Discord, e que os adolescentes abaixo dessa faixa etária não deveriam assistir vídeos no YouTube, Netflix e Amazon Prime sem a supervisão dos responsáveis.
A diretora-executiva do Instituto Alana, Isabella Henriques, ressaltou que as famílias não conseguem disciplinar sozinhas o uso da internet pelas crianças. Ela enfatizou a importância das empresas de tecnologia também assumirem responsabilidades nesse sentido, garantindo a segurança dos jovens na internet.
Mesmo com o receio dos pais, a pesquisa TIC Kids Online Brasil de 2023 apontou que crianças cada vez mais jovens estão utilizando a internet para diferentes finalidades. Entre as crianças de 9 e 10 anos, por exemplo, 71% utilizam YouTube, 51% WhatsApp, 50% TikTok e 26% Instagram.
Diante desses dados, plataformas como TikTok e Instagram têm se dedicado a implementar medidas de segurança e controle parental. A Meta, empresa responsável pelo Instagram e Facebook, lançou mais de 30 ferramentas para apoiar os adolescentes e seus responsáveis, visando tornar as plataformas ambientes seguros para toda a família.
No entanto, a pesquisa revelou que 87% dos pais acreditam que as empresas ainda não estão fazendo o suficiente para proteger as crianças na internet. Medidas como solicitar a comprovação de identidade dos usuários e melhorar o atendimento e apoio ao consumidor para denúncias foram sugeridas pelos entrevistados como formas de aumentar a segurança online.
Diante do crescimento do uso da internet por crianças e adolescentes, a preocupação das famílias e a necessidade de garantir um ambiente seguro nas plataformas digitais se tornam cada vez mais presentes. É fundamental que pais, responsáveis e empresas de tecnologia trabalhem juntos para proteger as crianças na internet e proporcionar uma experiência positiva e segura no ambiente online.