Durante a 57ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, marcada para a próxima quarta-feira (18), a Conectas irá destacar o programa Olho Vivo, que introduziu câmeras corporais nos uniformes da PM e contribuiu significativamente para a redução da letalidade policial em São Paulo. No entanto, a entidade também apontará os esforços do governador em favor do encerramento do programa, mesmo com sua eficácia comprovada.
A Conectas ressaltará que, apesar de a questão estar sendo acompanhada pelo STF, propostas apresentadas pela gestão Tarcísio ameaçam distorcer o uso das câmeras e representam um retrocesso. Em uma declaração preparada pela organização, destaca-se a urgência de garantir a ampla implementação do programa de câmeras nas forças policiais e a necessidade de diretrizes que assegurem o controle da letalidade policial e a proteção aos policiais.
Para a Conectas, essas medidas são essenciais para proteger vidas e construir confiança na aplicação da lei. Esta não é a primeira vez que a organização recorre à ONU para denunciar a conduta do governador Tarcísio, que já foi acusado de investir deliberadamente na violência policial contra pessoas negras e pobres, especialmente durante a Operação Verão na Baixada Santista.
Em resposta às acusações, o governador demonstrou tranquilidade com as ações de seu governo, ignorando as críticas e desqualificando as denúncias perante organismos internacionais. A situação promete gerar debates acalorados e levantar questões sobre a segurança pública em São Paulo e no Brasil como um todo.