Apesar das investigações em andamento pela Secretaria da Segurança Pública, a resposta da reitoria da USP à denúncia foi no mínimo insatisfatória. Em vez de tomar medidas mais enérgicas contra o agressor, a universidade optou por simplesmente realocá-lo para outro bloco no Crusp. Após relatar o ocorrido à assistência social da instituição, Yasmin se sentiu ainda mais humilhada ao ser questionada sobre sua reação ao ataque e ao ouvir que o agressor não teria noção do que estava fazendo.
Como consequência do estupro, a jovem tem vivido momentos de intensa angústia e medo, chegando a se trancar em casa e interromper suas atividades acadêmicas. Em busca de justiça e apoio, Yasmin tem contado com o auxílio de advogados, coletivos feministas da USP e do Ministério Público de São Paulo. No entanto, o agressor continua livre e circulando pelo campus, provocando ainda mais desconforto e insegurança para a vítima.
Este não foi o único caso de violência contra a mulher ocorrido na USP nos últimos meses. Outra aluna denunciou uma tentativa de estupro na Cidade Universitária, o que levou a protestos dos estudantes em relação à segurança precária no campus. A falta de iluminação adequada e de vigilância policial têm sido pontos de preocupação, levando a prefeitura do campus a realizar a troca de lâmpadas e a considerar a poda de árvores como medidas paliativas.
Diante dessas tristes realidades, é fundamental que a USP e demais instituições de ensino ajam de forma mais eficaz no combate à violência de gênero e na promoção de ambientes seguros e acolhedores para todos os seus membros. A proteção e a solidariedade às vítimas devem ser prioridades absolutas, buscando-se justiça e reparação para aqueles que sofreram traumas tão graves.