As consequências dessa teoria foram surpreendentes e desafiaram a intuição humana. Eventos considerados simultâneos por um observador podem não ser vistos da mesma forma por outro. Além disso, relógios em movimento apresentam uma medição mais lenta do tempo e objetos encolhem na direção em que se deslocam. A famosa equação E=mc2 estabeleceu uma equivalência entre massa e energia.
No entanto, as bases para a Teoria da Relatividade de Einstein não foram completamente inéditas. Em 1887, os físicos americanos Albert Michelson e Edward Morley tentaram, sem sucesso, medir o movimento absoluto da Terra em relação ao éter que supostamente preenche o espaço. Hendrik Lorentz, em 1895, apresentou fórmulas que sustentavam as observações de dois observadores em movimento.
O matemático francês Henri Poincaré também contribuiu significativamente para o desenvolvimento da Teoria da Relatividade, ao formular, em 1895, o princípio da relatividade, que afirmava ser impossível determinar o movimento absoluto em relação ao éter. Apesar disso, a contribuição de Poincaré foi amplamente esquecida, e Einstein foi creditado por essa nova teoria.
A morte precoce de Poincaré, aos 54 anos, pode ter contribuído para que Einstein recebesse todo o reconhecimento pela Teoria da Relatividade. No entanto, é inegável que a formulação de Einstein foi crucial para a consolidação dessa teoria, que posteriormente seria generalizada com a Teoria da Relatividade Geral, incorporando o fenômeno da gravitação. A superioridade da formulação de Einstein, aos olhos dos estudiosos modernos, acabou por consolidar seu legado como um dos maiores gênios da física de todos os tempos.