Um dos biomas mais atingidos pelo aumento de focos de incêndio foi o Cerrado, que ultrapassou a Amazônia em número de incêndios. A diretora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Ane Alencar, expressou preocupação com a situação, especialmente devido à antecipação do período crítico. Ela destacou que o país enfrenta um cenário difícil, sem certeza sobre os próximos meses.
Nos primeiros dias de setembro, o registro de focos de incêndio no Brasil já ultrapassa o dobro do que foi observado no ano anterior. A pesquisadora Ane Alencar aponta que diversos fatores, como o fenômeno climático El Niño seguido por La Niña, o aquecimento global e a ação humana, têm potencializado os incêndios este ano.
Além dos incêndios na Amazônia e no Pantanal, o estado de São Paulo também enfrenta uma situação crítica. Unidades de conservação, como o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, e áreas turísticas em Mato Grosso foram afetadas pelo fogo.
A pesquisadora destaca que a ação humana é fundamental para o início dos incêndios, e que a seca sozinha não é capaz de causar o fogo. A qualidade do ar também é impactada pelos incêndios, afetando a saúde da população e sobrecarregando o sistema de saúde.
A conscientização da sociedade é apontada como crucial para lidar com a crise dos incêndios florestais. A pesquisadora ressalta que é necessário o engajamento de todos os setores da sociedade para enfrentar essa situação preocupante.