Segundo as informações apuradas pela Promotoria, a filha mais velha do prefeito estuda Medicina em uma faculdade particular em São Luís, onde a mensalidade chega a astronômicos R$ 12.626,00. Além disso, a outra filha do prefeito está matriculada em uma escola com mensalidade de R$ 2.800,00. Os gastos levantados pela investigação ultrapassam, de longe, a remuneração mensal do prefeito, que soma R$ 15 mil brutos e R$ 11.108,38 líquidos.
Essas revelações, somadas à declaração do prefeito de não possuir bens em seu nome durante o registro de candidatura em 2020, levantam suspeitas sobre a conduta financeira do gestor. O MP alega que houve uma evolução patrimonial acelerada por parte do prefeito e de seus familiares após sua eleição.
Além disso, o prefeito de Rosário teria recebido seis parcelas do auxílio emergencial em 2020, destinado a pessoas de baixa renda. Toda essa situação levou a Promotoria a pedir à Justiça a indisponibilidade dos bens do prefeito e de seus familiares, além de uma possível condenação por improbidade administrativa.
Outros personagens envolvidos na ação incluem a esposa do prefeito, o irmão dele e empresas ligadas aos Calvet, suspeitas de colaborar com esquemas de lavagem de dinheiro. A investigação detalhada, que teve início em 2023, apontou movimentações financeiras atípicas e depósitos sem origem identificada, levantando sérias suspeitas sobre a conduta desses envolvidos.
Diante dessas acusações graves, o prefeito Calvet Filho e todos os outros citados na ação civil pública terão a oportunidade de se defender e apresentar suas versões dos fatos. O desenrolar desse caso promete mais revelações e reviravoltas no cenário político de Rosário.