Incêndios florestais no Brasil atingem nível recorde em 2024, com aumento de 103% em relação ao ano anterior

Os incêndios florestais no Brasil têm atingido números alarmantes nas últimas semanas, em meio a uma seca recorde e suspeitas de ações criminosas. De acordo com dados do programa BDQueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o país registrou um acumulado de 152.383 focos de incêndio, um aumento de 103% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Essa quantidade é a mais alta desde 2010, quando foram registrados 158.256 focos no mesmo período.

Apenas na última sexta-feira, foram registrados 4.396 pontos de calor no Brasil, indicando a gravidade da situação. A análise dos registros de incêndios nas últimas 13 semanas mostra a evolução do fogo em diferentes biomas. Inicialmente concentrados no cerrado em maio, os focos rapidamente se espalharam pelo pantanal, alcançando um pico de 387 incêndios ativos em junho.

Na Amazônia, os incêndios atingiram números alarmantes, chegando a 457 pontos ativos em julho e ultrapassando esse número nas semanas seguintes. A seca na região, considerada a mais grave já registrada no país, tem causado alertas de baixa nos níveis dos rios, afetando diversas cidades, como Manaus e Porto Velho, que estão cobertas por fumaça e fuligem há semanas.

Além disso, outras regiões do país, como o interior de São Paulo, também têm enfrentado os efeitos dos incêndios na Amazônia e na mata atlântica, com tempestades de poeira e fuligem antecipando a noite. A Polícia Federal está investigando 52 casos de incêndios florestais com suspeita de origem criminosa, e o governo estuda medidas para aumentar as punições para esse tipo de crime.

A combinação de fatores como a falta de chuva, o El Niño e as mudanças climáticas tem contribuído para a propagação dos incêndios, que representam uma ameaça não apenas para os biomas afetados, mas também para a saúde e a segurança da população. A situação atual exige ações urgentes para controlar e combater os incêndios, bem como medidas para prevenir novos casos no futuro.

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