Segundo os promotores, a empresa gerenciou mal os resíduos, resultando na liberação de substâncias químicas nocivas como chumbo, arsênio e mercúrio no ar, solo e água. Um incidente chamou atenção, quando uma pilha de resíduos da Think Pink pegou fogo e queimou durante dois meses, após entrar em combustão espontânea perto de uma reserva natural.
A empresa era contratada por construtoras, municípios e famílias para se livrar de diversos materiais, como aparelhos eletrônicos, metais, plásticos, madeira, pneus e brinquedos. Durante seu auge, os sacos de lixo rosa característicos da Think Pink eram comuns na cidade de Estocolmo.
A investigação preliminar do caso conta com 45 mil páginas, onde é apontado que os acusados também utilizaram documentos falsificados para enganar as autoridades e lucrar. Vários municípios pediram indenizações milionárias para cobrir a limpeza dos locais afetados pela empresa.
A promotora Linda Schon afirmou que “são as próximas gerações que pagarão por este crime”. Apesar dos acusados negarem as irregularidades, a promotoria acredita que os 21 locais investigados demonstram que os crimes foram sistemáticos. Este caso na Suécia levanta preocupações sobre a forma como o descarte de resíduos pode afetar não só o meio ambiente, mas também a saúde das pessoas e animais.