STF rejeita recurso de empresas de redes sociais contra bloqueio de perfis por desinformação e ataques à democracia

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu de forma unânime rejeitar os recursos apresentados pelas empresas responsáveis pelas redes sociais contra as decisões do ministro Alexandre de Moraes que determinaram o bloqueio de perfis que disseminam mensagens de desinformação e ataques à democracia. A decisão foi tomada pela Primeira Turma da Corte em um julgamento virtual, onde os ministros inserem seus votos em um sistema eletrônico, sem a necessidade de uma reunião presencial para deliberar.

O ministro Moraes argumentou que as redes sociais em questão, anteriormente conhecidas como X (antigo Twitter), Discord e Rumble, não têm o direito de se opor juridicamente às decisões relacionadas aos usuários dessas plataformas. Ele destacou que o bloqueio dos canais, perfis e contas não pode ser contestado, pois se trata de um direito de terceiros que estão sendo investigados, e não cabe recurso pelas vias legais.

A posição de Alexandre de Moraes foi seguida pelos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Cármen Lúcia, reforçando a decisão unânime da Primeira Turma do STF. Na semana anterior, o ministro já havia determinado a suspensão da rede social X, após o descumprimento por parte do bilionário Elon Musk, proprietário da plataforma, do prazo dado por Moraes para indicar um representante legal da empresa no Brasil.

Musk, que optou por fechar o escritório no país, também não acatou a ordem para remover os perfis de usuários investigados pela Corte por publicações consideradas antidemocráticas e ofensivas aos membros do STF. A decisão do STF em manter o bloqueio desses perfis reforça a importância da luta contra a disseminação de informações falsas e prejudiciais à democracia nas redes sociais.

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