A convocação para a sessão de desagravo relatou que no dia 30 de julho, ao tentar ingressar no TJ-SP, o procurador foi retirado de um elevador para passar por uma revista e um detector de metais, mesmo após ter se identificado regularmente na entrada do tribunal. Esse episódio causou grande comoção e indignação, levando diversas pessoas a participarem da cerimônia como forma de repúdio a qualquer forma de discriminação.
Durante o evento, o promotor Mario Malaquias enfatizou o compromisso do Ministério Público no combate à discriminação e destacou a importância de manifestações como essa para mostrar o repúdio a casos de intolerância que afetam especialmente a população negra. O corregedor-geral do MP-SP, Motauri Ciocchetti de Souza, também se pronunciou, expressando solidariedade ao procurador e destacando a importância da união contra atitudes preconceituosas.
A Associação Paulista do Ministério Público, que representa mais de 3.000 membros do órgão, manifestou total apoio a Eduardo Dias, ressaltando seu histórico na defesa dos direitos humanos e exigindo uma rigorosa apuração dos fatos. Por outro lado, a Secretaria da Segurança Pública afirmou que o segurança responsável por abordar Dias é um policial militar e que as circunstâncias do incidente seriam investigadas.
O episódio gerou grande repercussão e a imprensa continua em busca de respostas sobre o caso. A Folha questionou novamente a SSP em busca de esclarecimentos. A situação serve como alerta para a necessidade de combater qualquer forma de discriminação e reforçar a importância da igualdade e do respeito entre as pessoas.