Ministro dos Direitos Humanos é demitido por denúncias de assédio sexual após pressão política e investigação da PF.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu Silvio Almeida do cargo de ministro dos Direitos Humanos e Cidadania nesta sexta-feira (6/9), após denúncias de assédio sexual feitas à ONG Me Too Brasil virem à tona. Almeida, que vinha negando as acusações, teve sua saída oficializada depois de uma conversa no Palácio do Planalto. Rita Cristina de Oliveira, secretária-executiva do ministério e integrante da equipe de Almeida, também entregou o cargo.

A demissão de Almeida se deu em meio a críticas e pressão por parte de diversas figuras políticas e entidades, como a ministra Anielle Franco, suposta vítima de assédio por parte do ex-ministro. Essa situação levou o governo a agir rapidamente diante da repercussão do caso.

O presidente Lula considerou a permanência de Almeida no cargo insustentável diante das acusações sérias de assédio sexual. A decisão foi tomada após uma reunião com ministros e autoridades do governo, e a demissão foi oficializada em nota divulgada pela Presidência da República.

O caso ganhou grande repercussão na imprensa e nas redes sociais, com líderes políticos, militantes dos direitos humanos e defensores da igualdade racial se posicionando a favor das supostas vítimas de assédio. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República abriu uma apuração sobre o caso e deu prazo para que Almeida se explique.

A demissão de Silvio Almeida, que era visto como uma promessa para a luta contra o racismo e a promoção dos direitos humanos, representa um abalo para o terceiro governo de Lula. O ex-ministro era reconhecido como um importante pesquisador na área do racismo e autor de diversos livros sobre o tema. Sua trajetória acadêmica e política foi interrompida por conta das acusações de assédio.

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