Ministra Esther Dweck assume interinamente o cargo de Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, devido a denúncias de assédio sexual. Em seu lugar, nomeou interinamente a ministra Esther Dweck, que acumulará temporariamente as funções de ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. A Polícia Federal abriu uma investigação sobre o caso, e a Comissão de Ética Pública da Presidência da República também iniciou um procedimento preliminar.

Silvio Almeida ocupava o cargo desde janeiro de 2023 e é conhecido como um renomado advogado e professor universitário, destacando-se pelos seus trabalhos sobre direito, filosofia, economia política e relações raciais. As acusações de assédio foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles e posteriormente confirmadas pela organização Me Too, que afirmou ter recebido denúncias de mulheres que alegam terem sido assediadas por Almeida.

Em sua defesa, Silvio Almeida repudiou veementemente as acusações, chamando-as de mentiras e ilações absurdas. Ele solicitou uma investigação minuciosa do caso por parte de órgãos competentes. Entre as supostas vítimas de assédio estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Após prestar esclarecimentos às autoridades, Almeida foi exonerado do cargo e uma reunião com o presidente Lula aconteceu.

Anielle Franco manifestou em suas redes sociais a importância de não se relativizar ou diminuir episódios de violência e agradeceu o apoio recebido, criticando a pressão sofrida para falar sobre o assunto. Ela ressaltou a necessidade de reconhecer a gravidade do problema e agir rapidamente, elogiando a postura do presidente Lula em relação ao caso. A ministra pediu respeito ao seu espaço e privacidade durante as investigações.

O Ministério das Mulheres classificou as denúncias como graves e reiterou a importância de investigar todas as acusações de assédio e violência contra as mulheres, respeitando a palavra das vítimas. O governo federal reconheceu a seriedade das denúncias e garantiu que o caso está sendo tratado com rigor e celeridade. A situação continua em desenvolvimento enquanto Esther Dweck exerce interinamente o cargo de ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania.

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