Cracolândia de São Paulo volta a preocupar moradores com retorno de dependentes químicos na região central da cidade

Usuários de drogas estão retornando aos poucos para o trecho da rua Helvétia, no centro de São Paulo, onde por duas décadas funcionou a conhecida cracolândia. Moradores de prédios vizinhos têm relatado a presença de grupos de dependentes químicos nesse local, assim como em outros trechos da região, especialmente próximos da avenida 23 de Maio.

Segundo relatos, os dependentes químicos começaram a chegar gradualmente cerca de um mês atrás, e atualmente cerca de 30 pessoas passam o dia e a noite na região da rua Helvétia. Alguns são vistos com cachimbos nas mãos, utilizados para consumir crack, e dormindo ao lado de barracas.

A gestão de Ricardo Nunes informou que o monitoramento por drones no local não identificou uso de drogas, e que o consumo de crack ocorre em outro ponto da cidade, na rua dos Protestantes. Já o governo de Tarcísio de Freitas afirmou ter implementado políticas públicas integradas para requalificar a região, incluindo ações de zeladoria, saúde, assistência social e segurança pública.

Embora a presença dos usuários seja menor do que a aglomeração anterior, os moradores relatam problemas diários, como cenas de venda e consumo de drogas, sexo ao ar livre, brigas, barulhos durante a madrugada, lixo deixado pelos dependentes químicos, proliferação de ratos e mau cheiro de urina e fezes.

Alguns moradores afirmam evitar sair de casa devido à presença dos usuários e relatam ter procurado ajuda da prefeitura e do estado sem sucesso. Um produtor de eventos classificou como vergonhosa a volta do consumo de drogas na região dois anos após a saída da cracolândia.

Na região da avenida 23 de Maio, cerca de três quilômetros da rua Helvétia, também é observado aumento da presença de dependentes químicos. A prefeitura informou que está atuando na região com equipes da Guarda Civil Metropolitana, mas moradores relatam a presença de grupos consumindo crack em diferentes pontos da região. A situação segue preocupando os moradores e autoridades locais, que buscam soluções para lidar com esse problema recorrente.

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