A cerimônia de assinatura do documento foi celebrada por artistas e defensores da construção do parque. Enquanto o prefeito Ricardo Nunes assinava o documento, os entusiastas do parque estouraram uma garrafa de espumante, bateram palmas e gritaram em comemoração. Um quadro gigante com a foto do dramaturgo José Celso Martinez Corrêa foi trazido ao salão, enquanto os presentes entoavam o samba-enredo “Quatro Séculos de Paixão – História do Teatro Brasileiro”.
Zé Celso foi uma figura central no movimento pela construção do parque, que faz parte do projeto arquitetônico de Lina Bo Bardi para o Teatro Oficina. O terreno de 11 mil m² ao lado do Corredor Leste-Oeste, antes propriedade do Grupo Silvio Santos, estava destinado a abrigar um condomínio de três prédios, mil apartamentos e mil vagas de garagem.
Nunes parabenizou o Grupo Silvio Santos, a procuradora-geral do município e o promotor Silvio Marques pelo acordo, que envolveu o pagamento de R$ 65 milhões pela prefeitura. O prefeito reconheceu a importância de Zé Celso no processo, que mobilizou a população em prol do parque.
Agora, a discussão gira em torno do projeto do parque e a possibilidade de atender aos desejos da comunidade, como a abertura do córrego Bixiga. A prefeitura realizará um concurso para selecionar o escritório de arquitetura responsável pelo projeto, com a participação do IAB na seleção.
O papel da promotoria será mediar os diálogos sobre o projeto e fiscalizar o andamento, mas o trabalho principal ficará a cargo da prefeitura. A escolha do nome para o parque é uma polêmica que os políticos pretendem adiar, deixando para a próxima legislatura da Câmara Municipal.
A assinatura da desapropriação do terreno do parque do Rio Bixiga representa um marco na história da cidade, que agora aguarda a concretização do projeto e a inauguração deste espaço verde tão esperado pela população.