Por outro lado, as importações aumentaram significativamente, impulsionadas pela recuperação da economia e pela alta demanda por gás natural, bens de capital, medicamentos, máquinas e adubos. O volume de mercadorias exportadas caiu 6,5% devido ao término da safra de diversos produtos e à redução da demanda de minério de ferro pela China, enquanto o volume de produtos importados aumentou 15,7%, refletindo a retomada econômica.
No setor agropecuário, a queda na quantidade exportada foi mais impactante do que a queda nos preços, resultando em uma redução de 11,8% no volume exportado. Na indústria de transformação, a quantidade exportada também diminuiu, mas os preços aumentaram, especialmente devido à crise econômica na Argentina, principal comprador de bens industrializados do Brasil.
As projeções do governo indicam um superávit comercial menor em 2024 em comparação com o ano anterior, com expectativa de um saldo de US$ 79,2 bilhões. As exportações devem crescer 1,7% ao longo do ano, alcançando US$ 345,4 bilhões, enquanto as importações devem aumentar 10,6%, chegando a US$ 266,2 bilhões. Esses números refletem a recuperação da economia e a estabilização dos preços internacionais em meio ao conflito entre Rússia e Ucrânia.
Apesar das perspectivas mais cautelosas do governo, as projeções do mercado financeiro indicam um superávit maior para 2024, com uma estimativa de US$ 83,5 bilhões. A próxima divulgação das projeções do governo está prevista para outubro, quando serão apresentados novos dados sobre o desempenho da balança comercial e as expectativas para o restante do ano.
