Não foram apenas as capitais que sofreram com a má qualidade do ar, mas também cidades em diversas regiões do país, indo do noroeste ao sudeste. A cidade de São Paulo, que geralmente apresenta uma condição moderada de ar, registrou áreas com níveis insalubres na região da Vila Carrão, assim como em Osasco e Mairiporã, onde um incêndio de grandes proporções atingiu o Parque Estadual da Cantareira.
O aumento no número de focos de incêndio em cidades paulistas também chamou a atenção, passando de quatro para dez em apenas três dias, de acordo com informações da Defesa Civil. Nas regiões mais afetadas, como no Acre, escolas estaduais suspenderam as aulas devido à intensidade da fumaça das queimadas.
A médica Evangelina Araújo, diretora do Instituto Ar, ressaltou a importância de os estados desenvolverem políticas de monitoramento da qualidade do ar e de responderem de forma emergencial a eventos como as queimadas. No entanto, segundo a especialista, apenas 11 estados cumprem tais programas, apontando para a necessidade de medidas mais efetivas para proteger a população.
Diante desse cenário preocupante, o governo federal promete investir R$ 120 milhões em estações de medição da qualidade do ar e desenvolver um guia técnico para monitoramento, visando capacitar e coordenar as ações de emergência. A cooperação entre os estados e o governo federal é essencial para responder de forma eficaz a situações críticas e proteger a saúde da população diante das queimadas e da má qualidade do ar.