Atraso na compra de livros didáticos pelo governo Lula preocupa escolas públicas e editoras: obras ainda não chegaram.

O Ministério da Educação, sob a gestão do governo Lula (PT), enfrenta atrasos na compra de livros didáticos e literários previstos para serem adquiridos neste ano. Obras que deveriam ter sido entregues às escolas públicas em 2022 e 2023 ainda não tiveram os contratos de compra assinados, o que vem gerando preocupação no setor editorial e entre professores.

A contratação de cerca de 72 milhões de livros didáticos para os anos iniciais e finais do ensino fundamental só ocorreu no fim de agosto, mais de 60 dias após o prazo estabelecido. Além disso, outros 63 milhões de livros didáticos destinados à educação infantil e ensino médio ainda estão sem contratos de compra, afetando cerca de 35 milhões de alunos da rede pública.

Esses atrasos têm impacto direto no Programa Minha Biblioteca, da Secretaria de Educação da Prefeitura de São Paulo, que é uma das principais fontes de compras públicas de livros. O último pregão ocorreu no início de 2023, com a compra recorde de 8 milhões de exemplares, porém o processo para 2024 ainda não teve suas obras contempladas e não há previsão de divulgação.

O FNDE, responsável pelas compras de livros, admitiu os atrasos e culpou a gestão anterior, do governo Jair Bolsonaro (PL), pela operacionalização adotada. Apesar das promessas de entrega sem atrasos para o próximo ano letivo, parte da compra de obras literárias foi postergada para 2025, gerando ainda mais preocupações.

A demora na compra de obras literárias, principalmente para a educação infantil, é destacada como um dos principais gargalos da educação brasileira. Estudos mostram a importância do contato precoce das crianças com livros para o desenvolvimento cognitivo e pedagógico. Editoras e professores manifestam preocupação com os impactos desses atrasos no aprendizado dos estudantes e no planejamento editorial.

O FNDE informou que a aquisição de obras literárias para os anos iniciais do ensino fundamental foi adiada para 2025, sem especificar a previsão de entrega. Somente após essa etapa, a compra para os anos finais seria iniciada. O órgão afirma que o processo de compra foi reformulado para evitar erros anteriores, mas a transparência e a celeridade na entrega das obras continuam sendo uma preocupação para as editoras, professores e alunos.

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