A situação se agrava com a previsão de mais ondas de calor e chuvas abaixo da média até novembro. Mesmo a chegada de frentes frias pode contribuir para novos episódios como os vistos no final de agosto, com um aumento significativo nos focos de incêndio em estados como São Paulo e Mato Grosso, além de cidades cobertas por fumaça.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta que as temperaturas em setembro devem ser acima da média em grande parte do país, especialmente em regiões dos estados do Pará, Amazonas, Rondônia, Tocantins e Mato Grosso.
Para especialistas, a principal medida preventiva contra esses riscos é o reforço na fiscalização. Dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) mostram que a maior parte do país está em estado de atenção devido à combinação de falta de chuva, umidade do solo e estresse vegetativo.
O índice integrado de secas do Cemaden indica que quase todas as unidades da federação apresentam áreas de alto risco de propagação do fogo, sendo essencial uma atuação rápida para evitar novos incêndios. A situação é agravada pela previsão de pouca chuva nas próximas semanas, aumentando a probabilidade de propagação das chamas.
Especialistas ressaltam a importância de investimentos em tecnologias de monitoramento, como sensores de detecção de CO², para identificar rapidamente focos de incêndio e acionar brigadas de combate. A colaboração de todos os setores da sociedade é fundamental para lidar com essa situação delicada e evitar danos irreparáveis ao meio ambiente.