Essa situação tem gerado preocupações para as famílias, não apenas em relação à interrupção das atividades escolares, mas também em termos de alimentação e saúde das crianças. Muitos alunos dependem das refeições oferecidas pela escola, como café da manhã e almoço, e a suspensão desses serviços tem causado dificuldades financeiras para algumas famílias, que lutam para manter uma rotina alimentar saudável.
Além disso, casos mais graves de insegurança alimentar foram relatados, impactando diretamente a saúde e bem-estar das crianças. A Redes da Maré, organização atuante na região, destacou a gravidade da situação, afirmando que algumas crianças estão passando por dificuldades extremas.
O fechamento das escolas também tem impactado a saúde mental dos moradores da Maré. Mães, como Rosana da Silva Paixão de Melo, estão enfrentando desafios adicionais devido à falta de acesso à escola para seus filhos, especialmente aqueles com necessidades especiais. A insegurança gerada pelas operações policiais tem limitado o acesso a serviços essenciais, como terapias e atividades sociais.
As operações policiais na região também têm levado ao fechamento de escolas e postos de saúde como medida de segurança. A situação caótica gerada por confrontos armados entre facções tem impedido a circulação de agentes comunitários, impactando diretamente a vida da população local.
Diante desse cenário, o Ministério da Educação propôs a formação de um grupo de trabalho para discutir o impacto das ações policiais na educação. A comunidade escolar da Maré clama por medidas que possam minimizar os danos causados pelas constantes operações policiais na região, ressaltando a importância de garantir a segurança e o acesso à educação para todas as crianças e adolescentes, independentemente do contexto em que vivem.