Além disso, Marina defendeu a criação de um marco regulatório de emergência climática diante da situação de 1.942 municípios em risco climático extremo. A ministra foi convocada para prestar esclarecimentos sobre as ações do governo federal frente ao aumento de queimadas e incêndios florestais em biomas como Amazônia, Cerrado e Pantanal.
Durante seu depoimento, Marina destacou que o Pantanal, sendo o menor dos biomas brasileiros e um importante santuário de biodiversidade, está sob ameaça de desaparecimento se as tendências atuais continuarem. Segundo a ministra, os pesquisadores alertam que se a situação não mudar, o Pantanal poderá desaparecer até o final deste século.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelaram um aumento de 144% no número de focos de queimadas em agosto deste ano em comparação com o mesmo período do ano anterior. Marina negou que haja cortes no orçamento da pasta para o combate aos incêndios e ressaltou a importância de políticas públicas baseadas em evidências e de ações conjuntas entre o setor público e privado.
A presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado, senadora Leila Barros (PDT-DF), também se pronunciou durante a audiência, chamando atenção para a emergência climática e as queimadas que assolam o território nacional. Leila homenageou o brigadista Wellington dos Santos, que faleceu enquanto combatia o fogo no Parque indígena do Xingu (MT).
Em meio a esse cenário preocupante, a senadora destacou a importância da colaboração entre os entes federados e citou a aprovação da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo como um exemplo dessa colaboração. A audiência foi marcada por alertas sobre a gravidade da situação ambiental no país e a urgência de ações para enfrentar a crise climática que se agrava a cada ano.