Essa imersão faz parte do programa de formação em ecologia quantitativa promovido pelo renomado Instituto Serrapilheira, e ocorre na Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie) do Km 41, conhecida como Acampamento 41. Estudantes de diversas áreas, como biologia, física e engenharia computacional, vindos de diferentes estados brasileiros, participaram dessa formação que terminou em julho deste ano.
Para muitos dos participantes, como Yan Barbosa Werneck, mestrando em modelagem computacional na UFJF, essa foi a primeira vez em contato com uma floresta densa. Yan, que sempre teve interesse pela natureza, viu nessa experiência a oportunidade de aplicar seus conhecimentos em um tema crucial para a nossa geração: as mudanças climáticas.
O coordenador científico do curso, Paulo Enrique Peixoto, destaca a importância desse tipo de formação para capacitar os pesquisadores a enfrentar os desafios da crise climática com mais rigor e profundidade. A ideia do curso é justamente unir conhecimentos diversos para abordar os estudos ecológicos de maneira holística e interdisciplinar.
Dividido em duas etapas, o curso proporciona tanto a parte teórica quanto a prática, com aulas presenciais no Rio de Janeiro e a experiência de campo na floresta amazônica e na mata atlântica em Peruíbe. Os alunos têm a oportunidade de desenvolver projetos, coletar dados, analisar em laboratório e apresentar os resultados finais.
Essa imersão na natureza e na pesquisa científica permite que os estudantes compreendam a importância da integração entre biologia e matemática para gerar conhecimento e soluções para os desafios ambientais. A edição de 2025 do programa já está com inscrições abertas, oferecendo aos interessados a oportunidade de explorar e aprender nas florestas tropicais do Brasil.