Segundo informações da PF, a operação faz parte das metas estabelecidas pelo Ministério dos Povos Indígenas (MPI), que planejou a realização de 32 ações até o final de 2026. A ação de hoje fez parte da Operação Libertação, que teve início em fevereiro de 2023 e visa reprimir o garimpo ilegal e a desintrusão de invasores de terras indígenas.
Ao longo de 18 meses, o governo federal já realizou a desintrusão em áreas consideradas vitais no Pará e em Rondônia, reduzindo significativamente a mineração irregular. Dados da Casa de Governo de Roraima mostram que 26% dos 9,6 milhões de hectares da terra indígena Yanomami são afetados pela mineração ilegal, mas as ações de repressão resultaram em uma queda de 91,6% nessa prática em comparação com 2022.
A Polícia Federal estima que os financiadores de garimpos ilegais já tenham perdido cerca de R$ 163 milhões. A área de garimpo ativo reduziu de 4,57 mil hectares para 1,5 mil hectares, e a área de influência do garimpo diminuiu de 2,6 milhões de hectares para 916 mil hectares desde o início das operações. Além disso, desde a implantação da Casa de Governo Yanomami, diversas apreensões foram realizadas, somando toneladas de cassiterita e quilos de ouro, representando bilhões em prejuízos para os garimpeiros ilegais.
No total, 80 pessoas já foram presas como resultado das ações de combate ao garimpo ilegal nas terras indígenas Yanomami. As operações da PF seguem em andamento e intensificando os esforços para proteger as terras indígenas e combater atividades ilegais que causam danos ao meio ambiente e às comunidades locais.