Além disso, a Fiesp ressaltou que a renda das famílias também tem crescido, beneficiada pelas transferências governamentais, aumento real do salário-mínimo e pagamento dos precatórios. A antecipação do 13º salário para aposentados, pensionistas e beneficiários de auxílios previdenciários do INSS também impulsionou a renda no segundo trimestre, levando a uma estimativa de crescimento de cerca de 11% na massa salarial ampliada.
No setor da indústria de transformação, a Fiesp destacou o bom desempenho dos segmentos de bens de capital e bens de consumo. A primeira categoria tem se beneficiado da melhora das condições de crédito e recuperação da confiança dos empresários, especialmente com o crescimento da produção de veículos pesados. Já a categoria de bens de consumo tem sido impulsionada pela expansão da renda, com aumento na produção de máquinas e materiais elétricos.
Entretanto, a Fiesp reconhece que o setor ainda enfrenta desafios estruturais, como a capacidade instalada deteriorada e reduzida. Apesar do recorde no Nível de Utilização da Capacidade Instalada, a indústria enfrenta uma estagnação do estoque de capital desde 2015, devido ao ambiente econômico adverso.
Diante das projeções para o restante do ano, a Fiesp espera uma desaceleração da atividade econômica devido ao menor impulso fiscal e à manutenção da politica monetária restritiva. Com base nos dados disponíveis até o momento, a Fiesp revisou a projeção de crescimento da economia brasileira de 2,2% para 2,7% em 2024, e do PIB de São Paulo de 2,4% para 2,5% no mesmo período.